
O torcedor carvoeiro está com uma velha conhecida nas mãos: a calculadora. Após a oscilação do time treinado por Eduardo Baptista, nas últimas três rodadas, aumentaram os cálculos por parte da torcida. Nos últimos nove pontos disputados, o Criciúma conquistou apenas um: derrotas para Paysandu (em casa) e Amazonas (fora) e empate com o Vila Nova (fora de casa).
Desta forma, o time parou nos 50 pontos. Baseado na média de pontuação dos quarto colocados nas últimas 10 edições da Série B, a equipe carvoeira precisaria de mais 13 pontos para assegurar a vaga na Primeira Divisão do ano que vem. Restam sete jogos para o final da competição. Ou seja, o Criciúma precisa vencer quatro e empatar um para ficar com uma das vagas na Série A. Até o final da disputa serão quatro partidas no Majestoso e outras três longe de casa.
Claro que, com o decorrer das rodadas, a necessidade de pontos pode aumentar ou diminuir. Em virtude do equilíbrio, entre os primeiros colocados, a tendência é que a pontuação para subir seja menor. Assim, o Criciúma necessitaria de menos pontos para subir.
No ano passado, o Ceará foi o quarto colocado com 64 pontos e 19 vitórias. Em 2023, a pontuação para subir foi a mesma: 64 pontos. O Atlético (GO) ficou com a última vaga pois tinha apenas 17 vitórias. O terceiro colocado foi o próprio Criciúma, com a mesma pontuação dos goianos, mas com dois triunfos a mais. Em 2022, porém, o Vasco foi o último a garantir vaga com 62 pontos e 17 vitórias.
Em 2018, o Goiás chegou a garantir acesso com apenas 60 pontos e 18 vitórias. Outra pontuação considerada baixa foi a do Cuiabá, em 2020, com 61, 17 vitórias e saldo oito. “A gente está em um momento de oscilação e precisamos encontrar soluções. A gente não tinha oscilado, desde o jogo do Paysandu, lá atrás, até aqui. A gente começou bastante atrasado na competição e estamos passando por esse momento. Temos que ajustar e buscar soluções. Esse mesmo grupo nos colocou no G4 e a gente tem confiança neles. A gente vai brigar e buscar as soluções táticas ou técnicas para que a gente volte a vencer”, diz o técnico do Criciúma, Eduardo Baptista.
Hora de “separar os homens dos meninos”
Para o Executivo de Futebol do Tigre, ítalo Rodrigues, é hora de “separar os homens dos meninos” para que o Tigre volte a vencer na Série B. “A oscilação veio: a gente tem que ter sabedoria e maturidade. Não adianta a gente achar que está certo, muito menos achar que está tudo errado. Agora temos que ‘separar os homens dos meninos’ e voltar a vencer os jogos”, diz.
O dirigente aprofunda o tema e ressalta que a fala é sobre atitude em campo. “Eu falo na questão de atitude. Em relação ao elenco, quem nos colocou, há algumas rodadas, na liderança foi esse elenco. Então, a gente confia neles. Precisamos entender que o coletivo caiu porque a gente deixou de ser um time aguerrido e que ganhava os duelos que vinha ganhando, mas a gente confia nesse elenco. E são eles que vão fazer a gente voltar a vencer e fazer com que a gente suba. Eu falei isso internamente. Eu não estou nervoso e com dúvida ou medo porque eu tenho muita convicção de que vai dar tudo certo no final”, ressalta.
Para Ítalo, o Criciúma precisa voltar a ser um time aguerrido. “A gente vai ter que voltar a fazer as mesmas coisas. Isso a gente falou no vestiário. Não é porque a gente conseguiu entrar no G4 e até uma ‘gordura’ de duas rodadas, que está tudo ganho. Esse não é o nosso time. O momento é de ‘esticar a corda’, da nossa forma: com profissionalismo”, enfatiza.
A partida de domingo, às 18h30, diante do América (MG) ganhou caráter de decisão para o Tigre. “A gente vai buscar e pensar em algo de diferente, mas eu tenho certeza que a solução não está em criar algo novo e, sim, em voltar a sermos quem nós somos. Os demais times também oscilaram, então, a gente precisa ter calma e sabedoria. Não adianta ‘terra arrasada’”, finaliza Ítalo Rodrigues.