Um dos principais traficantes da Comarca de Araranguá, o empresário Walter Becker, foi condenado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) a oito anos, quatro meses e 24 dias de prisão, inicialmente em regime fechado, pelo depósito e transporte de cocaína. Além disso, o homem foi condenado a 19 dias de detenção no regime inicial semiaberto por desobediência à ordem policial. Pelos crimes, deverá pagar, ainda, 872 dias-multa, que correspondem a, aproximadamente, R$ 76 mil.
De acordo com a denúncia da 3ª Promotoria de Justiça de Araranguá, as investigações policiais demonstraram que o réu estava envolvido com o tráfico de diversas drogas, incluindo crack, maconha, cocaína e ecstasy, movimentando uma grande quantidade de entorpecentes e dinheiro, inclusive para outros estados. Além disso, há informações de que ele também estava ligado a uma série de outros delitos, os quais continuam sob investigação pela Polícia Civil.
A operação que levou à prisão do réu ocorreu em 3 de outubro de 2023, durante uma barreira de rotina realizada pela Polícia Rodoviária Estadual na Rodovia Estadual SC 447, no Bairro Itoupava, em Araranguá. Os agentes identificaram que o veículo conduzido pelo traficante parou em local proibido ao avistar a barreira policial, realizando em seguida uma manobra proibida para fugir da fiscalização.
Durante a perseguição policial, o réu dispensou pela janela do carro um pacote com 1,295 Kg de cocaína, e um telefone celular, mas foi detido em seguida, tendo os produtos recuperados pelos Policiais Rodoviários Estaduais.
No período de investigação, diligências requeridas pelo Promotor de Justiça Flávio Fonseca Hoff revelaram, então, que o preso era um dos maiores fornecedores de entorpecentes da Comarca de Araranguá, tendo contato direto com aproximadamente outros 50 traficantes.
“A resposta do Poder Judiciário é importante para coibir o avanço em larga escala do tráfico de drogas em nossa região, o qual traz à reboque inúmeras mazelas sociais, como destruição de seios familiares, aumento de pessoas em situação de rua, crescimento de crimes patrimoniais praticados por usuários para manter o vício, demandas sociais e de saúde ao Poder Executivo cada vez maiores etc – todas elas já constatadas na Comarca e avançando”, considerou o Promotor de Justiça Flávio Fonseca Hoff.
Via Ministério Público de Santa Catarina